Alexandre João Appio

25 de mai de 20171 min

As revoltas no sistema

"Pode-se afirmar que o sistema inclui uma espécie de motor que cria revoluções periódicas, não somente no conjunto da sociedade, mas em seus inumeráveis âmbitos individuais, familiares, etc. O motor das revoluções é uma peça indispensável ao sistema. A reprodução do sistema necessita das revoluções, “é por isso que as revoluções têm, paradoxalmente, um valor de uso para o sistema que revolucionam” (p. 56). A exemplo, funciona como uma válvula de escape, com liberação da tensão e do peso da história, e como mecanismo de reintegração. Outra passagem importante do autor: “em certo sentido, o sistema muda, mas muda sem mudar, e quanto mais muda, menos muda. Mais se move, menos se move” (p. 57).

Ainda dentro do sistema do real e do simbólico, temos sempre que ganhar, mas dispensando o real. Temos que perder o real para ganhar dinheiro, prestígio e outras situações com valor simbólico. Portanto, o real deve ser dispensado para o simbólico perpetuar. As próprias revoluções são simbólicas e cíclicas.

Fala-se que a história nada mais seria que a história da repetição. Como salienta Lacan:

“nada na história se ordena mais que a repetição”."

Em: https://revistas.pucsp.br/index.php/apeste/article/view/27938/19693

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