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Alguem tem que fazer alguma coisa!


Falando-se em sociedade, analisando o ser humano, de Porto Alegre, do Rio Grande do Sul, Brasil, percebe-se algumas coisas peculiares...

A separação entre os acontecimentos e o papel social é evidente. Se espera que algo venha ao encontro, espera-se adotar as idéias de outros, ideologia de outros, papéis de outros e que outros resolvam o problema que é nosso também, sem análise, descontextualizado, como se os sujeitos não fizessem parte de uma "sociedade".

Ou seria um mundo paralelo?

Ansiedade para ver o que vai dar na TV, qual a nova moda da novela, o que deve-se seguir, acreditar. Estamos inclusive habituados e até acostumados com o catastrofismo, com o dar errado, com as tragédias midiáticas, assim legitimando os problemas, sem perceber as nuances daquela acontecimento que vemos. Só vemos uma parte, achando que é o todo. E com essa parte, acha-se que é a verdade e vai para as redes sociais, como sendo o todo. Sem análise, sem perceber o contexto.

Por que? É uma espécie de manipulação ideológica para alimentar a idéia de que a culpa pelos fracassos ou catástrofes vem de fora, alguém que de fora fez isso, alienados a outros. E não precisa buscar meios para melhorar, "estou muito bem", se na mídia aparece alguém muito pior ou situações catastróficas. O risco desse processo, é que a “mídia de massa” veicula a tragédia ou os problemas, sendo seguidamente transmitido e passa assim a ser comum e normal, como se acontecesse em grande escala.

Inúmeros exemplos poderiam ser citados: os engarrafamentos, os alagamentos, os problemas da cidade, a corrupção na política, crises, violência, as eleições, no emprego, na qualificação... que o povo espera que algo vá a eles, que alguém faça por eles: o governo, a cidade, o patrão, os vizinhos... E a tua parte?? Os problemas existem por causa dos outros!

É melhor ficar reclamando!

Mas, se formos analisar, esse processo se estabelece desde o sistema colonial, em que os “brasileiros” esperavam pela metrópole e por Dom Pedro para qualquer decisão ou até pensamento.

Por outra análise, pode-se dizer que a partir da posição do "não sei", ocorre uma isenção de responsabilidade e culpa. Isso é perceptível em muitas situações em nosso dia a dia. E assim, percebendo o todo, temos certas respostas ao que acontece...

Em um dos meus ofícios, eu necessitava de relatórios impressos para uma reunião, que um setor específico deveria imprimir. Uma tarefa simples, em um software também sem muita complexidade. Solicito ao responsável, ele me fala:

- Eu não sei como imprimir!

Mas o individuo trabalhava ali, naquela função, pelo menos a 1 ano!

- Tu nunca tentou aprender com quem sabe?

- Não... a função não é minha.

Era um software básico para consultas e inclusões, fundamental para o setor. A falta de pró atividade é um grande problema. O “esperar que alguém faça” é corrosivo. Poucos meses depois, foi demitido.

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